O Instituto BioSistêmico, juntamente com o Sebrae/RN e a Fundação Zoetis, promoveu dois dias de campo para produtores atendidos no projeto Leite Seridó, nos municípios de Serra Negra do Norte e Parelhas, no Rio Grande do Norte, nos dias 25 e 26 de abril respectivamente.
A abertura do evento com a apresentação de resultados do Leite Seridó foi conduzida pelo coordenador técnico de projetos de pecuária do IBS, Luiz Sartori, e pelo analista do Sebrae/RN, Acácio Sânzio de Brito.
Com a participação de 160 produtores, os eventos contaram com apresentação de resultados do projeto, de palestra sobre gestão da propriedade leiteira, além da peça de teatro “Chico Santo e a Vaca Estrela”.
“Eu gostei muito como todos aqui gostaram da palestra e do teatro. Foi maravilhoso ver a nossa realidade apresentada na peça. É uma forma criativa e descontraída de mostrar que temos que estar sempre melhorando e inovando, buscando conhecimento para um mercado cada vez mais exigente”, relata o produtor Marcelo Roque da Fazenda José Roque, no município de Parelhas.
Para o produtor Urbano Batista, a peça foi bastante pedagógica e encaixou perfeitamente com a palestra sobre gestão da propriedade leiteira. “Ficou claro que é fundamental ter o controle real dos custos de produção, para saber se estamos tendo lucro. Se não tiver lucro, ver o que se pode diminuir nas despesas, sem afetar na produção”, afirma o produtor.
Gestão da Pecuária Leiteira
Conduzida pela engenheira agrônoma Camila Costa, especialista em Gestão da Pecuária Leiteira, a palestra abordou a questão da lucratividade, a importância do controle das despesas para calcular o custo de produção do leite produzido, destacando como os dados econômicos produzem segurança nas tomadas de decisão.
“É um tema extremamente importante para que os produtores consigam avançar nos manejos. Para aquisição de novas tecnologias, na maioria das vezes, é necessário recurso financeiro. E eles precisam entender que, se tem lucro, vale a pena investir, pois o negócio está em crescimento”, explica a engenheira agrônoma.
De acordo com a especialista, a participação dos produtores, com perguntas e nas manifestações após as palestras, foi muito positiva. “Fiquei feliz em perceber que sensibilizei os produtores, que os deixei reflexivos sobre suas formas de fazer pecuária leiteira e a possibilidade de melhoria”, acrescenta Camila.
Chico Santo e a Vaca Estrela
O espetáculo de teatro “Chico Santo e a Vaca Estrela” é encenado pelo ator Manoel de Matos, que é também o autor da obra. A peça retrata a vida cotidiana de um produtor de leite, o Chico Santo, que nasceu e cresceu, aprendendo a lida na pecuária leiteira com as tradições que são familiares do avô e do pai.
“O Chico Santo tem muita dificuldade para aceitar as novas tecnologias e as novas necessidades que o mercado e que os consumidores exigem. E ele enfrenta grandes dilemas, mas devagarinho ele começa a perceber que não tem saída vai ter que fazer de uma forma diferente. Com a abertura para o novo, ele começa a perceber que é possível mudar e a vida pode melhorar”, conta Manoel de Matos.
Para o ator, a importância da mensagem passada é que o teatro provoca uma grande identificação. “Ao assistir à peça, os produtores começam a se identificar com algumas passagens, principalmente nos relacionamentos com as pessoas, no medo do desconhecido, na dificuldade da mudança e de ter um olhar para frente, para o novo”, pontua Manoel.
Ele acrescenta que dias de campo como esses são fundamentais para o desenvolvimento dos produtores, pois trazem conteúdo técnico e teatro para passar uma mensagem e um conhecimento que vai fazer a diferença para aqueles que estão dispostos à mudança e a implementar melhorias na atividade leiteira.
Sobre o Projeto Leite Seridó
Concebido e executado pelo Instituto BioSistêmico, o projeto Leite Seridó conta com apoio de recursos da Fundação Zoetis e do Sebrae/RN. A iniciativa busca promover o desenvolvimento da pecuária leiteira num total de 100 propriedades, com perfil de agricultura familiar, na região do Seridó, no estado do Rio Grande do Norte, região Nordeste do Brasil.
Propõe um conjunto de atividades e recursos de assistência tecnológica, estruturados e modulados em quatro eixos temáticos voltados à melhoria do processo produtivo: boas práticas, manejo reprodutivo, manejo nutricional e manejo sanitário.
O projeto utiliza a metodologia CheckMilk, que conta com uma plataforma com sistema de gestão e aplicativo para as equipes técnicas e para os produtores. O sistema facilita a gestão do projeto e o aplicativo auxilia o produtor no dia a dia, como um suporte, uma extensão da consultoria do IBS que pode ser acessada a qualquer hora na palma da mão.
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